Orgonomia

673 palavras 3 páginas
Já no início de sua obra científica, na década de 1920, Reich identificou-se com as teorias que especulavam sobre uma energia biológica específica. Ao mesmo tempo, sentia-se muito incomodado com o fato de essas hipóteses não poderem ser testadas pelos rigorosos critérios da pesquisa científico-natural.
Mas, além da empatia intelectual por aquelas postulações, Reich tinha um outro bom motivo para especular sobre uma energia que é específica ao vivo: "as sensações de motilidade" em seu próprio organismo. Sensações que não eram, contudo, suficientes para responder a uma questão que Reich considerava central: como acessar empiricamente aquele específico processo energético?

Partindo de constructos provenientes da Psicanálise (principalmente, os conceitos de "impulso" e "libido"), da Filosofia (especialmente, a idéia de um élan vital, do filósofo francês Henri Bergson) e das teorias dos Biólogos Vitalistas (que postulavam uma singular energia biológica), Reich inicia, então, sua pesquisa, apoiando-se, em um primeiro momento, exclusivamente na prática clínica. E logo desenvolve um nova terapêutica (a Análise do Caráter) que funcionará, simultaneamente, como uma bússola para o trabalho clínico e como um instrumento para a compreensão da dinâmica do processo energético nos seres humanos.
A simultaneidade impulso/defesa, a potência orgástica, a dependência dos conteúdos psíquicos em relação ao estado energético, as pequenas descargas que promovem aumentos de carga, o trabalho sistemático com as defesas e várias outras descobertas, pertencem à essa primeira etapa da pesquisa energético-funcional de Reich.

Em um segundo momento, a pesquisa de Reich sobre os processos energéticos transita e interliga dois territórios: a prática clínica e o trabalho laboratorial. Entre 1934 e 1939, Reich desenvolve uma segunda técnica terapêutica (a vegetoterapia caractero-analítica) e empreende dois grandes projetos laboratoriais (os experimentos bio-elétricos e os experimentos

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