organometálicos
PROCESSOS CATALÍTICOS ORGANOMETÁLICOS EM CO2 SUPERCRÍTICO
Um solvente nada usual mas ecologicamente aceitável e de elevada importância para a indústria é o dióxido de carbono supercrítico18. Quando líquidos ou gases são aquecidos sob pressão, eles são transformados, a temperaturas acima de suas temperaturas críticas e abaixo de suas pressões críticas, num estado denominado de supercrítico, no qual nenhuma distinção pode ser feita entre o estado líquido e o gasoso. As fases líquidas e gasosas são idênticas do ponto de vista da densidade e de todas as outras propriedades. O dióxido de carbono supercrítico (Tc=31°C, Pc=73 bar) é empregado geralmente a 40°C e pressões entre 80 e 200 bar para a extração de produtos naturais (remoção da cafeína do café, por exemplo). Em alguns casos, é até possível extrair biomoléculas, como por exemplo, proteínas18a,b. A principal vantagem do emprego do CO2 supercrítico reside na sua facilidade de remoção pela simples redução da pressão. O emprego de CO2 supercrítico como solvente para catálise organometálica é recente sendo que alguns resultados já foram publicados, indicando que o emprego deste fluido "ecológico" como solvente possui um grande potencial. Um exemplo típico envolve a hidroformilação de olefinas que leva à formação de aldeídos ramificados e lineares catalisada por complexos de ródio dissolvidos em CO2 supercrítico (Esquema 10).18a Note que nestes casos a reação é provavelmente homogênea. No entanto, para assegurar a solubilidade do complexo no solvente é geralmente necessário o emprego de ligantes fluorados,
Reações catalíticas de hidrogenação assimétrica foram realizadas com algum sucesso em CO2 supercrítico. Por exemplo, o ácido tíglico é hidrogenado por complexos de rutênio a ácido 2-bunatóico (Esquema 11) com seletividades similares às obtidas nas mesmas condições com solventes orgânicos (e.e. em torno de 80%)18d.