Ongenia e filogenia

Ontogenia
Ao encontrar um óvulo na trompa de Falópio, um espermatozoide que, como hoje se supõe, tenha sido o "escolhido" pelo referido óvulo, através da liberação de enzimas, digere pequena parte da camada externa do gameta feminino e, em seguida, inocula a cabeça, deixando a cauda de fora, assim processando-se a fecundação.
Após a penetração, alterações químicas enrijecem a superfície do óvulo, impedindo o acesso de outros gametas masculinos. O material genético do espermatozóide combina-se com o do óvulo, formando o zigoto, nova célula com a quantidade total de 46 cromossomos.
À medida que se movimenta em direção ao útero, o zigoto divide-se várias vezes, até formar o blastocisto, esfera oca, com pequena massa de aproximadamente uma centena de células aderentes a um ponto da superfície interna. O blastocisto chega ao útero cerca de dois a três dias após a fecundação, flutua livre na cavidade uterina e vai aumentando de tamanho.
Por volta do sétimo dia, ele se implanta na mucosa uterina e sua massa celular transforma-se no disco embrionário, do qual se originará um novo ser.
No prazo de uma semana, algumas células do disco embrionário, até então homogêneo, começam a se diferenciar, originando duas camadas distintas, o ectoderma e o endoderma. Desta última se formarão os tratos digestivo e respiratório e órgãos anexos, enquanto da primeira derivarão o sistema nervoso, a pele e os fâneros.
Posteriormente, uma terceira camada, o mesoderma, se formará entre as duas já citadas. Embora esta última não se transforme em tecido neural, ela contribui para a gênese do sistema nervoso, orientando o desenvolvimento do ectoderma. Seria o mesoderma que determinaria que partes do ectoderma dariam origem àquele sistema.
Logo após sua diferenciação, o ectoderma espessa-se e, gradualmente, ao longo de sua linha média, desenvolve-se a placa neural primitiva. À medida que esta vai crescendo, formam-se sulcos paralelos cujas bordas curvam-se em direção uma da outra e, por fim,