OLIGOPSONIO

Na teoria econômica, um mercado de “concorrência perfeita” seria o ideal para a otimização e equilíbrio do comércio. Mas para isso, teria que apresentar, dentre outros requisitos, uma grande oferta de todos os bens exatamente iguais para um grande número de consumidores. E isso não ocorre na realidade, e por isso a “concorrência perfeita” é apenas uma ficção.
Na realidade, o mais próximo que se pode chegar da teoria da “concorrência perfeita” é a chamada “concorrência imperfeita”, que é real e faz parte do dia a dia do mercado.
Para a “concorrência imperfeita”, é preciso que exista um grande número de “ofertantes” e um grande número de “consumidores” de determinado bem ou serviço (se não, pode se tratar do caso de oligopólio). Esse grande número de participantes desse “mercado” deve ser tal que seja possível ao consumidor “migrar” de um ofertante para outro livremente, pois é justamente essa a característica básica do que se chama de “concorrência”.
Porém, o que vai diferenciar a realidade da “concorrência imperfeita” do sonho da “concorrência perfeita” é que, na realidade, o grande número de bens e serviços oferecidos não são exatamente iguais. Os ofertantes acabam por oferecer certas “características próprias” diferenciadoras de seus produtos ou serviços, criando certa “fidelização”, ou “resistência”, para a “migração” do consumidor para um ou outro “concorrente”.
Isso se deve até mesmo por certas preferências “psicológicas” do consumidor (ou cliente), muitas vezes simplesmente baseadas em propagandas ou “imagem” que determinada “marca” passa aos usuários daquele mercado. E sendo assim, cada “ofertante” pode também modificar o “preço” de seu bem ou serviço, quando verifica que o mercado está disposto a pagar mais pelo seu produto ou serviço.
Então, compreendendo o ambiente de “concorrência imperfeita”, cada concorrente deve verificar a maneira de fazer o seu bem ou serviço diferenciar-se dos demais, podendo fazer isso das mais variadas maneiras,