Observação em Serviço Social

A observação é considerada uma das ferramentas que possibilita a aproximação do Serviço Social ao cotidiano dos usuários atendidos. A capacidade de construir respostas através da intencionalidade se legitima pela instrumentalidade, dando ao profissional a perspectiva de transformar as condições objetivas e subjetivas do cotidiano dos sujeitos. Faz-se necessária, portanto, a construção de alternativas de intervenção que atendam às demandas, e para isso, é preciso considerar o instrumental técnico-operativo da profissão. Com isso, a observação se constitui em um instrumento, que, articulado aos demais, e utilizado por outras profissões, contribui para operacionalizar o trabalho do profissional e para compor o instrumental técnico-operativo. Para que a utilização deste instrumento seja escolhida, é necessário planejamento e reflexão, com objetivos traçados previamente, devendo assim, corresponder às necessidades de uma determinada realidade e demanda social. Considerada uma das formas de apreensão do real, a observação contribui para que a realidade se torne inteligível. É exigido do Assistente Social, ir além das aparências, do superficial, já que se fazem complexas a vida cotidiana e as relações sociais que são estabelecidas. A observação quando utilizada com a finalidade de transcender as aparências, de superar um ato mecânico e rotineiro, se apresenta como um instrumento consciente e capaz de traduzir as contradições presentes na vida cotidiana. Através da observação, que está presente em outros instrumentos como a visita domiciliar, a entrevista e abordagem, podem ser realizados questionamentos a fim de compreender o sujeito e contribuir para uma análise social do contexto no qual o usuário está inserido. Considerando a dimensão investigativa do Serviço Social, acredita-se que a observação contribui para que as informações e impressões sejam reveladas na busca da construção e