Nutrição

2.4 Aspectos Nutricionais do Idoso
A velhice no que tange as mudanças biológicas pode ser considerada um período de involução. Primeiramente, as reservas orgânicas são diminuídas. A relação com o meio torna-se muito sensível, o corpo fica suscetível às intempéries climáticas, infecciosas, físicas e químicas, o esforço é mais difícil, as necessidades alimentares mudam (a quantidade de ingestão diminui) o ritmo do sono é alterado, a sexualidade é alterada e a pratica diminuída também. (GRINGS, 1991)
Quanto mais a pessoa envelhece, mais longa e complexa é sua historia alimentar. Por isso, as variações do estado nutricional e das necessidades alimentares tendem a ser maiores num grupo de adultos do que num grupo de jovens. As recomendações nutricionais nesse grupo etário devem visar especialmente às necessidades individuais. (MITCHELL et al. 1978)
Alguns fatores fisiológicos resultantes do envelhecimento podem afetar os padrões alimentares. Por exemplo, a secreção de sucos gástricos mostra-se reduzida, e a motilidade do trato gastrointestinal está menor, o que contribui para uma menor absorção e uso dos nutrientes; percepções de paladar, olfato e visão também diminuem, ainda que tais reações sejam altamente individuais. Esses sentidos influenciam o apetite e a quantidade de alimento consumido, de modo que os alimentos, no caso de adultos mais velhos, necessitam de maior e não menor intensificação de temperos. Além disso, junto com tais mudanças biológicas, costumam estar uma preocupação com as funções do organismo, aumento de estresse social, perdas pessoais e redução de oportunidades sociais para a manutenção da auto-estima. Todas essas reações podem afetar a ingestão alimentar. (WILLIAMS, 1997)
As necessidades dietéticas na velhice dependem de vários fatores: estado geral de saúde, grau e atividade física, alterações da capacidade de mastigar, digerir e absorver os alimentos e eficiência do aproveitamento dos nutrientes pelos tecidos, alterações do sistema