No Mito da Caverna x Matrix - Teoria do Conhecimento

MATRIX E O MITO DA CARVERNA (PLATÃO)

No Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna, escrito por Platão nos fala de homens que, nascidos e criados acorrentados no fundo de uma caverna (mundo sensível), de modo que só conseguiam olhar a parede, viam as sombras projetadas pela luz de uma fogueira situada numa parte mais alta e ouviam apenas ecos dos ruídos. Como não podiam ver ou ouvir outras coisas, acreditavam que aquilo era toda a realidade. Este é o estado das pessoas na Matrix, como o personagem de Keanu Reeves (Neo), no início, que acreditava que toda aquela realidade virtual é o real, pelo fato de ter crescido e desenvolvido somente ali dentro, sem ter contato com outro mundo. Os objetos no interior da caverna correspondem, no filme, à realidade virtual, que são imagens fornecidas à mente passiva dos homens adormecidos, dos quais é subtraída energia para as máquinas. Um dia, um dos homens presos consegue se desprender e começa a subir a caverna. Descobre, então, as coisas que produziam as sombras e os ecos e reconhece que o que julgava ser a realidade era apenas sombra das coisas. Continua subindo e chega ao mundo exterior (mundo das ideias) onde, no primeiro momento, fica ofuscado pela luz do sol e não consegue ver nada. À medida que seus olhos se acostumam, passa a ver primeiro o reflexo das coisas na água, pois ainda não consegue olhar para elas e, só depois pode vê-las sob a luz do sol.
A saída da caverna representa a passagem da passividade à atividade mental. Afinal, Matrix é um filme de ação, onde toda atividade física representa atividade mental que vai crescendo à medida que se exercita. Ao despertar, Neo, como o homem da caverna ofuscado pela luz, tem dificuldade em enxergar e reclama que os olhos doem. Platão utiliza esse mito para falar dos modos de conhecimento. As percepções no interior da caverna correspondem ao conhecimento que adquirimos por meio dos órgãos dos sentidos, ao mundo sensível, ou seja, tudo que conhecemos por ver, ouvir, palpar,