Nhaneca umbe

276 palavras 2 páginas
CAPÍTULO II
Resistência da Mulher Africana
Rainhas-Guerreiras-Africanas

Sem jamais aceitar a condição de ser inferior, rainhas como Nzingha (Angola), Yaa Asantewa (Gana), Nanny (Gana) e Aqualtune (Congo) lideraram grandes movimentos de resistências contra o tráfico de escravos, dentro e fora do continente africano.

Parte I - Rainha Nzingha (1583-1663)
Nzingha, governante e líder militar dos Jagas, assim como a maioria dos africanos, nunca aceitou a conquista portuguesa e esteve sempre na ofensiva militar. Convenceu o seu povo da influência perniciosa dos portugueses e dirigiu intensivas mensagens politícas e patriotas apelando aos angolanos por seu orgulho de serem africanos. Ela foi uma visionária líder política, competente, altruísta e devotada ao movimento de resistência.
Em 1623, com a idade de 21 anos, Nzingha tornou-se rainha de Ndongo (Angola), e logo fortaleceu sua posição de poder, proibiu ser chamada Rainha, assim como a rainha Hatshepsut, exigiu ser chamada de Rei e, na liderança militar, vestia roupas de homem, exigindo desde esta época a Igualdade de Género.
Com a sua morte, começou a ocupação portuguesa do sudeste de África. A massiva expansão do comércio de escravos português seguiu este evento.
Na resistência ao comércio de escravos e o sistema colonial que seguiu a morte da Rainha Nzingha, muitas mulheres africanas ajudaram a montar ofensivas em toda a África. Entre as mais excepcionais estão: Tinubu, de Nigéria; Nandi, a mãe de Chaka, grande guerreiro Zulu; Kaipkire do povo Herero de Sudeste de África (o povo Herero, a sul de Angola-Namíbia, no século XIX até 1919, desenvolveu uma grandiosa luta contra os soldados alemães europeus); e todo o exército feminino que seguiu o rei de Daomé Behanzin Bowelle.

Relacionados