Neuro

8782 palavras 36 páginas
1- Idéias no Antigo Egipto e na Grécia Antiga
1.1- Crenças dos antigos egípcios
O papiro de Edwin Smith
Em 1862, um colecionador americano, Edwin Smith, comprou um rolo de papiro no Egito, na cidade de Luxor. Sabe-se que Edwin Smith reconheceu logo o valor do papiro, mas nunca chegou a apresentar nada sobre ele. O papiro fica na sua posse até à sua morte em 1906, quando a sua filha o doou ao New York Historical Society. Este seria, mais de meio século depois, decifrado pelo egiptólogo James Breasted (1930). O que estava gravado no manuscrito deixou perplexo o mundo médico (Changeux, 1997; Gross 1998).
O Papiro de Edwin Smith revelou-se o documento científico sobrevivente mais antigo conhecido, contendo o conhecimento médico dos antigos egípcios. O seu texto consiste basicamente da apresentação de 48 casos, cada um dividido em quatro ou cinco seções: título, exame, diagnóstico, tratamento (se recomendado) e um glossário (com explicações de termos obscuros). São descritos de forma sistemática de acordo com a parte do corpo afetada, iniciando pela cabeça, descendo pelo tórax e espinha onde o documento é interrompido. Dos 48 casos, 27 concentram- se em lesões na cabeça, e apenas 13 dos 27 casos de lesão na cabeça; há uma real evidência de dano cerebral, com anormalidades neurológicas e fraturas cranianas. Além disso, encontram-se no Papiro de Edwin Smith referências diretas em relação ao cérebro (que é citado sete vezes ao todo no papiro), assim como as meninges, o líquido cefalorraquidiano e uma descrição dos giros corticais como “enrugamentos formados como cobre derretido” (Finger, 2000).
Apesar de incompleto, o manuscrito é reconhecido por seu valor intrínseco ao permitir uma noção sobre como antigos egípcios já reconheciam que danos no sistema nervoso central podem ter efeitos em áreas distantes do ferimento.
O papiro de Edwin Smith, como o manuscrito ficou conhecido, demonstra como os médicos, muito cedo, ficaram convencidos da importância da cabeça

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