Música Brasileira na Ditadura

Nos anos 60, o mundo adentrava em sociedade consumista. A televisão ditava modas, e a guerra fria era a grande paranoia. A música passou a ser o grande sonho libertário. Eles queriam transformar o mundo, mas, em vez de armas, eles apanhavam guitarras. Entre essas manifestações socioculturais, surge o gênero musical chamado Rock N’ Roll. No Brasil a música representava a consciência juvenil, em que se constituíram assim um gênero revolucionário, anárquico e polêmico, representando a visão de mundo da juventude daquela época que, encontrou neste gênero musical a essência de suas vidas. No Brasil, os artistas reagiram de formas diferentes ao golpe de 64. Entre os músicos da 'geração Bossa Nova', por exemplo, houve uma divisão. Diversos artistas preferiram não participar diretamente da discussão política. Por outro lado, muitos nomes importantes da música popular, como Nara Leão, Sérgio Ricardo, Geraldo Vandré e Chico Buarque, fizeram oposição explícita ao governo militar.
Em 1965 a TV Record passou a transmitir o programa "O Fino da Bossa", sob o comando de Elis Regina e Jair Rodrigues. As letras das músicas eram cada vez mais contundentes e alusivas ao momento político.
A mesma TV Record criou, para ocupar as tardes de domingo, o programa "Jovem Guarda", com Roberto Carlos, numa linha bem diferente. As gírias, as roupas e os cabelos longos davam o tom do programa. No fim dos anos 60 surgiu a Tropicália, uma corrente que refletia bem os conflitos políticos e estéticos da época. Os tropicalistas procuravam uma estética que lhes parecesse nova na arte.
Em dezembro de 68, passou a haver um controle mais rígido das atividades culturais. Muitos artistas desagradáveis ao regime acabaram exilados.

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção…
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer…(2x)