Movimentos Sociais

Os princípios defendidos pelo sociólogo norte-americano Wright Mills serão certamente os mais pertinentes para explicar o sistema de poder em vigor nos Estados Unidos da América. Este autor considerou que, face a determinadas conjunturas, abre-se o caminho para o surgimento de uma elite formada pelas grandes famílias que, para além de dominar as mais variadas vertentes da vida norte-americana, possui o poder suficiente para influenciar os acontecimentos diários das pessoas ditas comuns. No caso particular dos Estados Unidos da América, estamos perante uma estrutura do poder formado pelas elites política, económica e militar que, entre os anos 70 e o início do século XXI partilhou, embora não de forma equitativa e equivalente o protagonismo no palco das grandes decisões. Apesar de se entender a existência destas três elites, estas não têm seguido um caminho paralelo quanto ao seu carácter influenciador, uma vez que se tem assistido à diminuição tanto da influência dos políticos profissionais, desde a 2ª Guerra Mundial até ao presente, como da elite militar, esta desde a queda do Muro de Berlim. Apenas a elite económica surge incólume e com tendência clara para reforçar a sua influência.
De facto, a elite económica tem incrementado a sua influência perante uma elite política cada vez mais fragilizada, exigindo e reclamando melhores condições fiscais que beneficiem a sua actividade. Assim, como o modelo de partidos vigente na sociedade norte-americana não é o modelo das massas tão presente e característico na Europa, mas sim o da bipartidarização: a via democrática e a via republicana, também o financiamento dos partidos políticos facilita a ascensão da elite económica. Os partidos políticos dependem essencialmente das contribuições financeiras do privado., o que segundo Wight Mills permite que o poder económico (…) seja traduzido nas causas dos partidos políticos (1), ou seja, a agenda política é sempre influenciada por quem mais contribui. Para além do modelo de