Movimento LGBT

No fim da década de 70 o movimento homossexual, como era chamado na época, tem seu surgimento registrado pela literatura. No início, o movimento se concentra principalmente entre Rio de Janeiro e São Paulo, tem forte apelo antiautoritário e já levava demandas contemporâneas do movimento LGBT. A associação entre Aids e homossexualidade causa uma redução expressiva da quantidade de grupos durante os anos 80, no entanto, ocorrem transformações expressivas que influenciam o movimento atual: há menor oposição à institucionalidade e a atuação passa a ser vista de modo mais pragmático, voltada para a garantia dos direitos civis e contra a discriminação e violência dirigidas aos homossexuais. Com o início da década de 90, tem princípio um novo período no movimento que parece tirá-lo, definitivamente, das margens ao centro.
A primeira mudança acontece a partir do aumento da quantidade de organizações e a sua propagação por todo o país. Esse aumento está relacionado, entre outros fatores, à maneira como se deu o combate coletivo contra a epidemia do HIV/Aids: a prática de uma política de prevenção às DST/Aids que se baseava na parceria entre Estado e sociedade civil, em um estímulo a diminuição da vulnerabilidade estigmatizadas.
Ocorre também, nesse período, a diversificação dos formatos das iniciativas ativistas. O movimento passa a ter, além de grupos comunitários, organizações formais, com setores políticos, religiosos e de pesquisa em universidades. Enquanto a maioria dos movimentos sociais passa por um momento de “crise”, o movimento LGBT cresce em quantidade, diversidade de formatos e visibilidade. Assim, entre as atividades do movimento LGBT, ocorrem movimentos de direitos humanos, de luta contra a Aids e movimentos de “minorias”, especialmente o feminista, nacional e internacionalmente. Além disso, amplia-se os espaços de participação: comissões que discutem leis ou políticas públicas. Esse aumento da visibilidade social acontece pelo debate público em torno de