Modelosus

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ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE: É NECESSÁRIO REFORMULAR AS ESTRATÉGIAS NACIONAIS DE CONSTRUÇÃO DO “ MODELO SUS”?

Nelson Rodrigues dos Santos

RESUMO

Tomamos as necessidades da população como o grande ponto de partida da construção do SUS, visualizando–as sob as óticas dos perfis: demográfico, sócio-econômico e epidemiológico, que atendem os ordenamentos das leis 8080/90 e 8142/90, e cujas informações e conhecimentos são passíveis de cruzamento e mapeamento conjunto e com as necessidades informadas e formuladas pelos representantes dos usuários nos Conselhos e Conferências de Saúde.
Para finalidade desta contribuição os aspectos referentes a modelo de atenção e modelo de gestão estão apresentados conjuntamente.
Questionamos se a construção do “Modelo SUS” vem sendo efetivada substituindo o velho modelo, ou, com base na escassez de recursos financeiros, não esteja sendo efetivada estratégia de “ estabilizar” o sistema com maximização da Universalidade precária e da Municipalização, e minimalização da Integralidade, Equidade e Regionalização, e por final, a maximização do desafio ao Controle Social. Propomos a imediata ampliação e aprofundamento da discussão da reformulação das estratégias construtoras do SUS, visando assegurar a desconstrução efetiva do velho modelo e substituição pelo “Modelo SUS” e trazendo a construção simultânea da Integralidade, Equidade e Regionalização, para um piso estratégico decisivo, ainda que sob as agruras da escassez de recursos, inclusive para superá-las a partir de outro patamar político.

Necessidades de Saúde da população e oferta de serviços norteada pelos princípios e diretrizes do SUS: a imagem-objetivo orientadora

– Integralidade.
Caracteriza as necessidades, pois todas as pessoas, grupos e classes da sociedade encontram-se simultaneamente expostas a diversos riscos contra sua saúde, e freqüentemente, padecem, também simultaneamente, de alguma doença, aguda ou crônica, discreta ou grave, fugaz ou duradoura. Por isso, a

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