Mestre

33275 palavras 134 páginas
Candomblé, uma religião afro-brasileira
Durante o período escravista diversos grupos étnicos africanos foram transportados para o trabalho escravo no Brasil. É conhecido hoje, a partir do estudo de vários autores que se debruçaram em sistematizar o tráfico escravo que do século XVI à primeira metade do século XIX, três séculos, que houve quatro ciclos do tráfico de escravos. Desejamos, por uma questão operacional, nos deter no terceiro, o ciclo da Costa da Mina e Golfo do Benin, que corresponde ao século XVIII até 1850. Primeiro, vamos localizar essas regiões africanas e, em seguida, conhecer os seus habitantes.
A Costa da Mina ficava localizada no litoral ocidental africano, entre os atuais Gana e Nigéria. Entre outros reinos existentes nessa região, destacavam-se os Estados de Allada, grafado também como Ardres ou Ardra, e o de Uidá, Ajuda ou Ajudá, como era conhecido pelos portugueses. Segundo Silveira (2000: 28) Os habitantes dessa região pertenciam a um grande grupo lingüístico denominado adjá-ewê, que falava vários dialetos denominados ewê-fon. Vizinhos a esses reinos estavam os iorubás, a Leste, e os ekans, a Oeste e os dahomeanos ao Norte. O país Mina, no entanto, ficava localizado a Oeste de Uidá, numa região denominada Minapopo, onde hoje está localizada a cidade de Aqué, entre o Togo e o Benin.

MAPA - TIRAR DE NICOLAU

O comércio português de escravos na Costa da Mina era, no início do século XVIII, controlado por Uidá, posto que a sua capital, Savi, se posicionava a pouca distância dos portos de embarque de escravos. Segundo nos revela Silveira (op. cit.), logo o comércio de escravo se tornou um bom negócio na região, resultando num clima de tensão e hostilidades, incitados por europeus, entre os vários reinos vizinhos. Assim, durante o século XVIII a Costa da Mina se tornou um dos principais postos avançados do tráfico escravos para as Américas e Antilhas. Os pequenos e vulneráveis reinos localizados nessa região, evidentemente, foram os

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