Max Weber

Weber viveu em uma época em que o positivismo estava sendo duramente criticado. Neste ambiente, tomou como base de seus estudos dois principais autores: Karl Marx e Friedrich Nietzsche. De Marx, somou aos estudos o desenvolvimento do capitalismo ocidental e de Nietzsche a relação entre a busca de poder, expressa através da luta entre valores e a transformação na realidade social que a mesma acrescenta.
Ao decorrer de seus estudos, Weber desenvolve a idéia que a pesquisa cientifica não poderia excluir completamente os valores e idéias já absorvidas pelo pesquisador ao longo de sua vida - como acreditava Émile Durkheim. Para tal, o cientista deve estar ciente da diferença entre “reconhecer e julgar”.
Em decorrência disso ele cria sua própria teoria: os tipos ideais. Esses tipos são hipóteses de como seriam o modelo “puro” do que está sendo pesquisado. Lembrando que este tipo não é um reflexo da realidade, são apenas conceituais.
Baseado nisto, ele busca compreender a sociedade de forma mais ínfima- parte do indivíduo para a massa. Começando pela definição de “ação social”, pois apenas ela interessa à sociologia. Definiu como toda ação que pode ser compreendido por todos os elementos da sociedade em que se está inserido podendo ser recíproca ou não. Traçou quatro tipos puros de ações: ação racional relacionada a fins, ação racional com relação a valores, ação tradicional e ação afetiva. A partir das ações, entramos no âmbito das relações sociais. Para Weber, relação social é a reciprocidade das ações sociais, quando os elementos da sociedade entendem a minha ação e agem reciprocamente à ela. Com o passar dos tempos essas ações aceitas por todos vão se moldando e tornam-se as normas sociais.
O sociólogo nota que nem todas as normas são compartilhadas por todos e percebe que a sociedade é dividida em ordens. Estas ordens, ele denominou como divisores do poder na comunidade. Para tal, dividiu em três esferas: Classes- grupo representado por interesses lucrativos