marx reformista

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A bem da verdade, quando se examinam alguns textos de Marx e sua própria ação no movimento operário de sua época, pode-se constatar que ele foi mais reformista do que revolucionário, aconselhando os operários a lutarem por conquistas graduais que melhorassem sua vida cotidiana, até que as “condições objetivas” – a contradição entre as
“forças produtivas” capitalistas e as “relações de produção” do sistema fabril, quase coletivo – pudessem oferecer uma chance real de passagem de um sistema social a outro. Já no próprio
Manifesto, ele recomenda uma série de dez reformas parciais tocando o trabalho, a educação, a reforma agrária e os tributos, ao passo que na “crítica ao Programa de Gotha” (do partido social-democrata alemão) ele recomenda a acumulação de forças antes do enfrentamento final com a burguesia. Mesmo no auge das “lutas de classe” da Comuna de Paris, em 1871, Marx 6 não entretem muitas ilusões quanto à possibilidade de um verdadeiro poder operário na ausência daquelas condições objetivas que sua análise econômica pretendeu “demonstrar”. Um outro aspecto foi mais importante tanto na obra de Marx como no destino ulterior do movimento socialista que ele ajudou a fundar: a recusa do mercado como elemento mediador das relações sociais e das próprias realidades econômicas. Marx tinha uma concepção extremamente negativa a respeito do mercado, terreno no qual ele via a predominância dos mais fortes e a espoliação dos mais fracos. Esse tipo de reação foi provavelmente despertada pela sua análise – que está presente em seus primeiros escritos e na sua obra máxima, O Capital – do fenômeno do fechamento das terras públicas aos camponeses pobres, o que fez surgir a grande propriedade de um lado e a mão-de-obra disponível para o sistema manufatureiro de outro. Essa visão se prolongou na análise do sistema fabril, para a qual contribuiu seu amigo Engels, ele mesmo dono ou administrador de fábricas de tecidos na Inglaterrra: o

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