Lírica camoniana

2990 palavras 12 páginas
José Paulo Vasconcelos

O RENASCIMENTO
UM TEMPO E UMA ARTE DE MUDANÇA

O Renascimento é tão complexo e de gestação e desenvolvimento tão prolongados que é difícil caracterizá-lo e limitá-lo no tempo e no espaço. No entanto, poderemos defini-lo, genericamente, como um movimento cultural que, articulado com factores sociais, económicos, políticos e religiosos, criou uma profunda dinâmica de mudança na Europa dos séculos XV e XVI. Embora no final da Idade Média, se assista, em alguns centros intelectuais europeus, a sinais de mudança, o berço do Renascimento é a Itália do século XV, mais precisamente cidades como Génova, Veneza e sobretudo Florença que, enriquecidas pelo comércio, geraram uma extraordinária elite de políticos e intelectuais responsáveis pelo movimento de renovação da cultura. O caso de Florença é exemplar pois, ao longo do século XV, a família Médicis, que governou a cidade, constitui-se como mecenas de inúmeros artistas, o que propiciou o enorme desenvolvimento das artes e das letras. No século XVI, membros desta família dominaram o papado e Roma tornou-se então o novo centro de irradiação do Renascimento. Da Itália (e também da Flandres, outro importante centro de comércio e desenvolvimento artístico), o movimento expandiu-se por toda a Europa e atingiu o seu ponto culminante nas primeiras décadas do século XVI. Num tempo de cortes luxuosas, de poder centralizado, e de estados poderosos, os reis e os papas rodearam-se de artistas que lhes construíram palácios e igrejas que depois encheram de pinturas e esculturas, frequentemente contendo o próprio retrato do patrono ou de elementos da sua família. Nobres, altos dignitários da Igreja e até ricos comerciantes, desejosos de notoriedade, passaram a investir na arte e a moda do mecenato alastrou a cortes e centros urbanos desenvolvidos, dos mais diversos países. Os artistas e os intelectuais de então estabeleceram uma autêntica rede de contactos internacionais, através das viagens e da troca de

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