lupus
1.1 TEMA EM ESTUDO
O Lúpus Eritematoso Sistêmico - LES - é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos (SATO, 2004). Evolui com manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos (BORBA, 2008).
O LES afeta principalmente pele, músculos, articulações, rins, coração, vasos sanguíneos de pequeno e médio calibre, sangue, pulmões e sistema nervoso, com evolução de exacerbações e remissões alternadas e manifestações polimórficas trazendo repercussões funcionais importantes. Outro mecanismo ainda não muito claro também tem contribuído para que os pacientes com LES apresentem menos energia, o que interfere no desempenho das atividades cotidianas (CARVALHO, 2003).
Podem ainda fazer parte do curso clínico dessa doença os distúrbios do sono, ansiedade, depressão, lesão cutânea, úlceras orais, artrite, pleurite, anemia e outros, tendo o envolvimento articular como importante fator de risco (PERES, 2006).
Apesar do acometimento cutâneo normalmente não levar ao risco de vida, estas lesões podem trazer consequências ao status emocional dos pacientes, em sua grande maioria mulheres jovens, por afetar desfavoravelmente a aparência de forma importante em muitos casos (RANGEL, 2006). Para Reis e Costa (2010), diversos sinais e sintomas podem interferir na qualidade de vida nos períodos de atividade de LES, geralmente ocorrem em qualquer fase da doença caracterizada por comprometimento do estado geral, febre, artralgias, perda de apetite, mialgias, lesão renal, hemorragia pulmonar, alterações hematológicas e imunológicas dentre outras.
Os aspectos psicossociais que favorecem o processo de adoecimento põem em evidência os complexos fatores