Loriga
A redescoberta da biografia remete principalmente a experiências no campo da história atentas ao “cotidiano”, a “subjetividades outras”, por exemplo, a história oral.
Subjetividade se estendeu a toda disciplina histórica ao mesmo tempo que acompanhou o compasso da crise da “história científica” baseada nos conceitos totalizantes de classe social ou de mentalidade. A crise levou a estender e a aprofundar a noção histórica de indivíduo.
Jacques Le Goff: Critica a postura de alguns historiadores que ao escreverem suas biografias, a transformam em compêndios puramente cronológicos, sem a capacidade de mostrar a significação histórica geral da vida individual.
Coloca em risco a tendência da história problema.
Pierre Bourdieu: Biografia tornou-se uma narrativa com inicio, meio e fim.
Claude Passeron: A superação de um “naturalismo determinista” constitui um avanço teórico, que se acrescente regras e limites a interpretação; não que se volte atrás, ou seja, que as subtraia.
A biografia, de acordo com o congresso em Sorbone teria simplesmente uma função sugestiva ou ilustrativa e as hipóteses teóricas são estabelecidas graças a outros procedimentos de pesquisa e a anedota pessoal seria de alguma maneira um enfeite coroando o todo.
No século passado (XIX) muitas vezes se atribui a biografia uma função heurística importante.
Proposta: Recuar a visão ao passado em cima de três obras e repensar a biografia colocando novas questões e para esclarecer alguns equívocos.
2 – Alguns predecessores antigos
O fosso da biografia acentua-se quando a história empírica começa a procurar o sentindo na história filosófica.
Os historiadores positivistas demonstraram-se mais disposto a sacrificar o caráter individual da história em nome da continuidade da história.
As qualidades pessoais inclusive a dos grandes homens, não bastam para explicar o curso dos acontecimentos.
Não seria capaz de explicar o meio dos acontecimentos por não levarem consideração as