Lixo Extraordinário

O documentário mostra o contato do artista plástico Vik Muniz com os catadores de material reciclável do Aterro do Jardim Gramacho, maior da América Latina, localizado no Rio de Janeiro. A partir da experiência, surge um novo combustível criativo para Vik e, como contrapartida, os catadores diminuem sua distância com a arte e conseguem condições melhores de vida.
A mudança no comportamento de todos os envolvidos no projeto foi nítida. É difícil perceber se realmente esta mudança foi profunda, mas ocorreu. E é importante frisar que a mudança ocorreu dos dois lados, tanto do artista quanto do lado dos catadores.
Toda esta mudança ocorre devido a abordagem impar de Vik, que através da arte apresenta um caminho alternativo para aqueles que segundo o próprio artista “estão no fim do mundo”. E apesar de todos os catadores sempre se referirem ao trabalho com muito orgulho e respeito, a maioria deles enxergava aquele senário como sendo o fim da linha e a ultima alternativa de viver com dignidade. Conforme o trabalho proposto vai tomando corpo, todos os envolvidos se sentem mais capazes, motivados e uteis. Vik os coloca como protagonistas de obras de artes, essas que são feitas com o próprio lixo que é a fonte de renda deles. Porém quando o artista consegue aproximar esses catadores de lixo da arte, ele muda a vida de todos os envolvidos.
Pode-se observar claramente que alguns personagens encararam o projeto proposto como a “luz no fim do túnel” e se abraçaram nele. No que diz respeito a mudança comportamental, vale a pena ressaltar a catadora Magna, que inicialmente estava desacreditada da vida e encarava a oportunidade de trabalhar no lixão como sendo a ultima alternativa digna de se viver. E quando Magna começa a se envolver com a arte e perceber a mudança, tanto social quanto cultural que estava ocorrendo naquele processo, ela passa a se valorizar mais perante aqueles que a rodeiam. Terminando até o seu casamento em função dessa percepção. Ela se mostrou muito mais