LITERATURA O PAGADOR DE PROMESSAS

2422 palavras 10 páginas
Sumário

Resumo
Introdução
Autor
Desenvolvimento
Conclusão

Introdução

Mesmo mais de 50 anos após sua primeira aparição em 1962, O pagador de promessas ainda faz-se uma obra atual e que, em especial aos nordestinos, representa uma face ainda ocorrente no cenário cultural e social Brasileiro.
De leitura instigante a qualquer mero conhecedor da cultura nordestina, a obra relata a peregrinação de Zé do Burro, um sertanejo que já leva uma vida nada fácil e mesmo assim para salvar a vida de seu melhor amigo, Nicolau, faz promessa à Santa Bárbara e se dispõe pela vida de Nicolau a carregar nas costas uma cruz tão pesada quanto a que cristo carregou, por sete léguas.
O que Zé inocentemente não sabia, é que para que cumprisse prometido a Santa, carregar a Cruz pelas sete léguas seria a menor dificuldade. A maldade e o interesse daqueles que mal cuidavam de suas próprias vidas levaram Zé até questionar a própria fé, a não saber mais no que ele próprio acreditava e o no que era o mais correto.
O grande paradoxo de toda a trama é que Nicolau não é um ser humano, é um burro, daí surge a denominação Zé do Burro. Mesmo não sendo “gente”, Nicolau fazia mais por Zé do que muita gente faz a seus amigos. Um dos aspectos peculiares da obra é essa amizade tão forte, tão verdadeira e ao mesmo tempo tão duvidosa aos olhos.
Nicolau era pra Zé e para si próprio muito mais que um burro de cargas, exercia tamanha importância a Zé que o acompanhava para todos os lados aonde quer que ele fosse.
Entre das temáticas que permeiam a obra há o preconceito religioso, a pluralidade cultural em que nosso país se insere e o evidente maniqueísmo e antagonismo tipicamente sertanejo. Evidenciados pela constante questão, bem versus mal, qual caminho é correto, se a espera de Zé naquele lugar fora, sim, de relevância, tais duvidas atormentaram Zé a cada estrofe da trama.

Desenvolvimento

Alfredo de Freitas Dias Gomes foi um romancista, dramaturgo, autor de telenovelas e

Relacionados