Linguagem, língua, linguística
(Bruno Oggione)
Desde os tempos mais remotos a linguagem já tinha uma característica de poder, pois foi através dela que grandes criações foram feitas. Ela, a linguagem, assume uma enorme importância na vida em sociedade não só questões vitais de criação ou transformação, mas também na troca de experiências e de sonhos. Falar é dar forma ao pensamento.
O interesse do estudo da linguagem não é algo contemporâneo, ou seja, não é atual. Os primeiros estudos apontam para o século IV a.C. e, ao longo dos demais séculos, diversos povos, por questões diversas, entraram no âmbito do estudo da língua.
No século XIX, surge, de fato, o interesse no estudo da língua falada, devido ao amplo conhecimento de diversas línguas. O intelectual Franz Bopp, ainda nessa época, em 1816, publica um importantíssimo livro comparativo de línguas e é considerado o marco do surgimento da Linguística Histórica. Estudos apontam que a língua, assim como um ser vivo, transforma-se e evolui com o passar do tempo, independente da vontade do homem. Temos, por exemplo, o Latim, que era uma língua de prestígio universal e, com o passar dos tempos, transformou-se em português, espanhol, italiano, francês etc. A lingüística contemporânea pauta seu alicerce na prioridade do estudo da língua falada e é, através dela, que tais fatos podem ser explicados.
Em tempos passados, a Lingüística não era um centro de estudo independente e vinculava-se às idéias de outros estudos mais fortes. Será, no século XX, que ocorrerá a divulgação dos trabalhos de Ferdinand de Saussure e a Linguística será considera um estudo científico.
2. O que é a linguagem?
(Roberto Barcellos)
Pensando na abordagem da pergunta: “O que é a linguagem?”, que dá o título ao tópico, torna-se perceptível que está implícita a diferenciação necessária a dois termos comuns: Língua e linguagem. Desta forma, as diversas línguas seriam uma manifestação de algo mais abrangente, a