letras
Milton José de Almeida
Resumo: Imagem e Memória Visual.: A criança segundo a recriação nazista e da sociedade de consumo contemporânea. Um estudo e uma interpretação em imagens em movimento sobre a idéia estética e ideológica de criança.
O conhecimento não é o bem, o bem não é o verdadeiro.
O conhecimento não pode fazer as vezes da vontade, nenhuma ciência poderia substituir a democracia.
Se a verdade comanda, a única virtude é submeter-se a ela, a mesma para todos, uma moral.
Hannah Arendt
As imagens e sons em movimento no cinema e na televisão e os textos em movimento de leitura, alegorias da história presente demandam que os encaremos como formas em ideologia complexa, como um feixe de origens históricas que se furtam às análises claras e objetivas de teorias que as tentam fazer falar através de seus espelhos conceituais, nos quais as palavras e as imagens esquivam-se e devolvem ao espelho a face da teoria que, envaidecida, se auto-confirma.
Essas imagens e sons aparecem sob o signo da contaminação entre ideologias culturais diversas. São pastiches nos quais passado e presente, natureza e cultura, sagrado e profano estão em jogo sincrético sem fim. Desta forma, sua compreensão deve ser feita de estratégias de conhecimento, que são também estratégias políticas, em que os paradigmas perdem sua conotação abstrata e adquirem conotações históricas que passam a fazer parte da realidade. Pluralidade e polifonia de diversos pontos de vista, construção e diálogo. Situações contrastantes e opostas podem exprimir de maneira mais incisiva o significado profundo e conflituoso da realidade. Diversos níveis sobrepõem-se sem superarem-se, sem solução ou dissolução dialéticas. As conclusões a seu respeito são sempre tensões e perguntas que encaminham outras. Ou, aproximações diversas ao real no qual, também, passado e presente, natureza e cultura, sagrado e profano, história e mito, entram em jogo conflituoso, assinalando continuamente