leitura

Memorial sobre minha relação com a leitura
Minha relação com a leitura começou bem cedo. Mesmo com pai e mãe pouco alfabetizados, estes incentivaram seus filhos a serem diferentes e se destacarem na escola. Em casa, a tática era: quem sabe mais ensina o outro. Eu tinha quatro anos e minha irmã cursava regularmente na escola e, como havia aprendido a ler foi incumbida de repassar seus conhecimentos a mim. Fui matriculada aos cinco anos na pré-escola 3º período. Minha mãe trabalhava numa laminadora, por isso comecei também a frequentar a creche municipal no turno inverso (que também me ofereceram o 3º período da pré-escola). Ou seja, por estudar período integral meus conhecimentos foram lapidados. Com apenas cinco anos de idade eu me destacava na leitura e era elogiada pelos meus professores Márcio Alves Teotônio e Sâmia Façanha.
Não era nada difícil pra mim, mas pelo fato de eu sempre ter sido franzina, era vista com admiração por outros alunos maiores, que ficavam me testando ou pedindo que eu lesse isso ou aquilo. Confesso que eu me sentia orgulhosa. E isso fez com que eu me interessasse ainda mais pela leitura.
Continuei meus estudos, sempre na mesma escola, e não tinha uma reunião que minha mãe não ouvia só elogios pela filha. A leitura me proporcionava muita facilidade em todas as disciplinas. Meu horário de recreio era completamente preenchido com o mundo mágico da leitura. Um dos professores (Wander Emílio de Oliveira), que na época era responsável pelos livros, passou a me chamar de “A Menina da Biblioteca”. Cheguei a fazer uma lista dos livros que já havia lido, e outra das indicações no final deles (eu procuraria e leria futuramente). Em casa, minhas tarefas domésticas eram executadas rapidamente, afinal, eu precisava ler o próximo capítulo.
Quando criaram uma biblioteca municipal... Nossa!!! Foi tudo. Eu passei a ser sócia pra poder tomar empréstimos dos livros diversos. Literatura, romance, ação, crônica, poesia... Desde os clássicos até os mais