Jörn rüsen

1826 palavras 8 páginas
Quando Hayden White publicou, em 1966, o ensaio O fardo da história (depois agrupado em seu livro de ensaios: Trópicos do discurso de 1978) o questionamento sobre um nível médio epistemologicamente neutro dos historiadores estarem entre a arte e a ciência no plano de sua prática e de sua escrita ainda não era tão contundente, como viria a se tornar após “maio de 1968” e das críticas de Michael Foucault em seu livro Arqueologia do saber de 1969, e, mais ainda, depois da queda do “Muro de Berlim” em 1989 e do fim da URSS no início da década de 1990, que vieram a estilhaçar os projetos políticos marxistas, embora sua herança teórica ainda hoje seja bastante profícua. Todavia, já naquela época, e nos anos de 1970 quando publicaria o livro Meta-história, Hayden White indicava que a História era um tipo específico de discurso, um artefato verbal em prosa sobre o passado, e nele não haveria nenhum controle experimental por parte dos historiadores (e filósofos da história). A História seria uma representação do passado, assim como as fontes utilizadas pelo historiador já o seriam. E por isso ela não seria uma ciência, estando mais próxima da arte, uma vez que seu discurso não era realista e o que os historiadores faziam era uma construção de versões que se diversificavam de acordo com as circunstâncias da época. Ou ainda, de acordo com os lugares sociais de onde estivessem falando, dos problemas que levantavam e os instigavam em suas pesquisas. Para ele a ‘história vivida’ não traria um sentido, ou mesmo uma lógica interna no seu desenrolar, ou mesmo uma racionalidade, que seriam reconstruídas pelo historiador. Os historiadores ao escreverem sobre as sociedades passadas é que produziriam um efeito explicativo, e os acontecimentos seriam convertidos dentro de um sentido, apenas retrospectivamente elaborado, e de acordo com as ‘urdiduras’ de enredo usadas pelo historiador. Para Hayden White a ‘realidade concreta’ não estaria nos eventos agrupados e inquiridos pelo

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