John Locke e o Individualismo liberal

MELLO, Leonel Itaussu Almeida. “John Locke e o individualismo liberal” em WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política, vol. 1. São Paulo: Ática, 1995. Pp. 81-89- Revoluções inglesas

Tudo começa com o desembarque em solo britânico de Guilherme de Orange, onde defensor da Liberdade, do Parlamento e da religião protestante, procurava acabar com o reinado de Jaime II e acabar com o tumulto na Inglaterra em 1688.
O século XVII foi marcado pela disputa entre a Coroa e o Parlamento, onde a Coroa era composta pela dinastia Stuart, que defendia o absolutismo, e o Parlamento que defendia a burguesia, partidária do liberalismo.
Tal conflito assumiu conotações religiosas e surgiu então juntamente, conflitos entre religiões. Porém houve também a crise política-religiosa que se agravou pela rivalidade econômica entre os beneficiados de todas as formas mercantilistas pelo Estado e os setores que advogavam a liberdade do comércio e produção.
O confroto entre o rei Carlos I e o Parlamento gerou uma enorme guerra civil, que terminou com a vitória dos parlamentares. Tal evento ficou conhecido como Revolução Puritana, que foi responsável pela execução do rei e a implantação da república. Foi nessa época que Hobbes, refugiado na França devido a guerra, publicou o Leviatã, onde fazia uma apologia ao Estado “todo-poderoso” que segundo ele, monopolizava a força concentrada da comunidade, tornando-se fiador da vida, da paz e até da segurança dos súditos.
O Protetorado de Cromwell, transformou a Inglaterra em uma grande potência naval e comercial, porém com a morte do Lorde Protetor, o país entrou em declínio e para evitar outro conflito civil, foi instaurado a monarquia e a volta dos Stuart ao trono inglês. O que surgiu novamente o conflito entre Coroa e Parlamento, que se dividiram em dois partidos, onde defendiam o conservadorismo ( Tories ) e o liberalismo ( Whigs ).
Porém na Revolução Gloriosa, após a deposição de Jaime II, Guilherme Orange confirmou o Liberalismo sobre