Insuficiencia renal cronica felinos

1 JUSTIFICATIVA

Devido a vários fatores atuais, como o avanço da medicina veterinária, maior consumo de alimentos industrializados, uma maior importância atribuída à melhoria nos cuidados com animais de companhia, a expectativa de vida canina tem sido significativamente aumentada (VENN, 1992; FORTNEY, 2001; FIGUEIREDO, 2005). Conseqüentemente nota-se um aumento na população de cães idosos, principalmente em países onde a cultura de bons tratos e a alimentação industrializada têm sido há mais tempo empregada (VENN, 1992).
O envelhecimento é a redução progressiva da habilidade do organismo em suprir as demandas geradas pelo ambiente (FIGUEIREDO, 2005; MUNARO, 2008; DE MORAIS, 2001). O processo de envelhecimento afeta gradualmente vários órgãos e sistemas e embora não seja causa nem agente etiológico, a idade avançada aumenta a susceptibilidade para diversas enfermidades. Nota-se que com o passar do tempo, o acúmulo de danos aos órgãos causa sua perda de função e capacidade de regeneração/adaptação (MUNARO, 2008; DE MORAIS, 2001).
O declínio da função renal é parte do processo de envelhecimento e a doença renal crônica apesar de atingir cães de todas as idades, é mais frequente em cães idosos, é descrita como a forma mais comum de afecção renal em caninos e felinos. Caracteriza-se por lesão estrutural renal irreparável, redução de massa renal, declínio progressivo da função dos rins e que, por sua vez, acarretam em uma série de alterações metabólicas (POLZIN; OSBORNE; O’BRIEN, 1995). Alguns animais nas fases iniciais da doença podem apresentar-se assintomáticos (RUBIN,1997), o que muitas vezes faz com que o diagnóstico seja tardio. O diagnóstico precoce da doença permite que sejam feitas alterações na dieta e correções de possíveis déficits hidroeletrolíticos, postergando a progressão da doença garantindo ao animal um aumento da sobrevida como melhor qualidade.
A ultrassonografia renal é uma técnica não invasiva, indolor, não promove efeitos adversos