Insight e Elaboração
De acordo com Zimerman (2008, p. 217), a morfologia da palavra Insight é composta por dois étimos ingleses: in, que significa “dentro de” e sight, que significa “visão”, o que remete a ideia de “visão interior”, e está ligada a “alguma luz que o analisando venha a adquirir por meio de uma atividade interpretativa do analista.”.
Aguiar, Eizirik e Schestasky (2007, p. 268) colocam que “o insight é obtido por meio da interpretação realizada pelo psicanalista ou pelo psicoterapeuta de orientação psicanalítica.”.
Segundo Etchegoyen (1987, apud Aguiar, Eizirik e Schestasky, 2007, p. 270), o insight é um novo tipo de conhecimento, onde o indivíduo percebe uma nova relação entre dois elementos, relação essa até então desconhecida, e essa relação, e o sentido que é atribuído a ela, muda o significado de sua experiência.
O insight leva o indivíduo, aos poucos, a ir conhecendo o seu psiquismo, estes insights são derivados das atividades interpretativas, e as mudanças psíquicas ocorrerão devido à lenta elaboração dos mesmos.
Segundo Zimerman (2007, p.185),
“a conceituação de insight, antes do que um simples acréscimo de conhecimentos sobre si próprio, deve ser entendida como um descobrimento, no sentido de que o contexto da palavra sugere: o retirar (des) o véu que cobre (coberta) as verdades preexistentes. As descobertas propiciam novas criações.”.
Zimerman (2007) esquematiza o insight em uma sequência temporal em cinco modos distintos. São eles:
Insight Intelectivo: o uso do termo insight neste modo fica injustificado, visto que a intelectualização remete ao uso das defesas.
Insight Cognitivo: cognição significa uma tomada de conhecimento de atitudes características do paciente por ele mesmo.
Insight Afetivo: é onde se começa o verdadeiro insight, visto que a cognição começa a ser acompanhada por vivências afetivas e permite estabelecer correlações entre estas.
Insight Reflexivo: este insight é gerado pelas inquietações advindas do