Inserçao da mulher na sociedade
O papel da mulher através dos tempos e no século XXI, deve ser compreendido e enfrentado no seu contexto histórico, económico, político e social.
Sempre a história se referiu à mulher como sendo um ser frágil, digna de pena e proteção, deixando espalhada por toda a parte a sua inferioridade física a sua inferioridade intelectual. Sempre houve dificuldade em entender o corpo feminino, embora diferente do corpo masculino, apenas e simplesmente como um corpo humano. Já Aristóteles em “Da Geração dos Animais” afirmava :
-“ A sua inferioridade física em relação ao macho é manifesta”! A inferioridade física justifica a inferioridade intelectual conduzindo à exclusão das mulheres dos assuntos públicos quer sejam civis, militares ou eclesiásticos.
A mulher é vista pela história ocidental como um ser da natureza e não como um ser cultural. Sobre esta visão da mulher, tem a religião grande responsabilidade. Falar da condição feminina passa por falar de religião e pela concepção de um sagrado quase exclusivamente masculino. A igreja exerceu durante séculos a maior violência contra a humanidade; - A de silenciar a mulher, mantendo a ideia de que a mulher é um ser da natureza e não cultural –violência tão silenciosamente infligida da qual ainda hoje a sociedade se ressente.
Foi desta forma, durante séculos, impedida a mulher de construir a sua identidade. Por não lhe ter sido reconhecido o direito à singularidade, no seio da diversidade, em convivência, impediram -na de fazer ouvir a sua voz no questionamento fundamental e coletivo à existência que permite pertencer a uma sociedade cultural, caracterizada por indivíduos providos de sensibilidade, inteligência e vontade.
Cansada da escravidão do seu corpo a mulher faz ouvir -se pela voz que a sociedade reconhece; -a masculina. Violentou-se na sua maneira de ser e adotou o modo masculino de fazer. Praticou provavelmente o maior crime contra si mesma