Influência Africana na formção da língua portuguesa.

Influência africana na formação da língua portuguesa.
Durante os séculos XVI aos séculos XIX, o tráfico trouxe em cativeiro cerca de 4,5 milhões de africanos originários de duas regiões da África subsaariana: a região Banta e a região Oeste-Africana ou “sudanesa”. Na metade do século XVI, após iniciar o tráfico entre Brasil e África, observou-se a junção das línguas negro-africanas com o português. Umas das consequências desse contato linguístico foi a participação de falantes africanos na formação da língua e da cultura do Brasil. A região banta possui mais de 300 línguas muito semelhantes entre si, falado em mais de 20 países do continente africano, destacando-se no Brasil o quicongo, o quimbundo e o umbundo. Dentre elas destaca-se o quimbundo, língua trazida pelos povos bantos, ou tradicionalmente conhecidos como Congo-Angola, região do qual foram capturados e traficados para o Brasil na condição de escravo. No século XVIII sua presença foi tão influente que foi publicado em Lisboa um livro chamado “A arte da língua de Angola”, do padre Pedro Dias, afim de auxiliar a comunicação em missões jesuítas na região de Salvador.
Quanto a região oeste-africanas ou “sudanesas”, as línguas que mais influenciaram foram as línguas da família kwa. Seus principais representantes no Brasil foram os iorubas e os povos de línguas do grupo ewe-fon que foram apelidados pelo tráfico, de minas ou jejes. A língua kwa é falada no sudeste da Costa do Marfim, em Gana, Togo e Benim e em parte do sudoeste de Nigéria. O termo kwa deriva da palavra correspondente a "gente".
Destaca-se também a influência da mulher negra no leito da família colonial com a função socializadora e o processo de formação linguística exercida pelos negros ladinos junto à escravidão. Ladinos eram aqueles que aprendiam bem cedo a falar princípios de português e podiam participar de duas comunidades sociolinguística diferenciadas: a casa grande (senhores) e a senzala. Na função de “mãe-preta”, teve a