influencias negativas

1 - Que nos estamos muito apegados ao senso comum, onde se diz que ser criança é uma fase das nossas vidas e que todos nos iremos passar. E aos conceitos de “tábula rasa”, de John Locke, bem como o do “bom selvagem” de Rousseau, que subsistem até hoje de forma muito forte em tudo que se refere à criança. Quando Philippi Ariès (1978) trás a tona que esse conceito de infância foi criado pela modernidade, surge uma grande revira volta na concepção de criança, ou seja, que ter infância não é a pena uma fase de nossas vidas. Mas foi no ocidente no século XVIII, que esse movimento de entender a infância ganhará força, quando as famílias sofrem transformações e criam necessidades. A partir disso as crianças passam a ter um valor e passam a ocupar de fato o seu lugar no seio familiar.

2- Essas concepções foram sendo criadas e modificadas ao longo e decorrer dos anos. Philippe Ariès (1978) deixa bem claro que a infância foi uma invenção do homem na modernidade, que constitui de uma categoria social. Essas concepções começaram no século XVI e XVII, quando se coloca uma concepção de infância centrada na inocência e na fragilidade infantil, uma criança frágil e sem maldade, que precisa ser moldada e domesticada para o mundo. A partir do século XVII, inaugura- se uma construção de infância moderna, aonde a criança assume um signo de liberdade, autonomia e a sua independência. Já no século XIX criou-se uma criança sem valor econômico, mas de valor emocional, onde a criança passa a ter uma atenção maior e afetiva dos pais. Depois a criança passa a ser concebida como produto do tempo, da natureza e da cultura, ou seja, a criança passa a ter uma infância que foi criada com o tempo e determinada pela cultura de sua região. Esses conceitos foram sendo criados e modificados para definir a criança de acordo com o seu século, e suas determinadas regiões e culturas. Mas a concepção de criança só foi realmente aceita a partir do século XX.

3 – De acordo com o texto da criança na