Inflação período figueiredo

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Os brasileiros suportaram em 1984 o recorde inflacionário de sua História. De fato, em 1980 a inflação anual caminhou até 110,2%, caindo para 95,2% em 1981. Depois, pelo ano de 1982 iniciou sua intensa subida, passando a 99,7%. Em 1983, a inflação anual ganhou o espaço, chegando por volta de 211,13%, para atingir em 1984 os arredores de 223,775%. O quadro geral, ao que parece, é o resultado de medidas econômicas, inspiradas pelos credores estrangeiros e empacotadas pelos técnicos da economia brasileira.
Entre os experimentos desses técnicos, aliás experimentos tão macabros à população do País, podem ser incluídos, a título de exemplo: o alinhamento dos preços internos e externos dos produtos exportáveis; a elevação do valor do dólar e do preço dos produtos importados; e em conseqüência a alta dos juros, afetando finalmente o preço das mercadorias consumidas pelas pessoas. Tem sido demonstrado por estudos confiáveis que o salário mínimo sequer é suficiente para alimentar mais de uma pessoa. O custo mensal de produtos básicos para a alimentação representou em média, de setembro de 1979 a agosto de 1984, 66,7% do salário mínimo. O alimento que mais aumentou nesse período foi a farinha de trigo, seguida do pão, vindo após o feijão. Talvez aí se encontrem alguns dos mais desumanos experimentos dos técnicos responsáveis pela economia do País.

Mas as dificuldades para sobreviver no Brasil despontam igualmente na falta de emprego. Considerando-se apenas a região metropolitana de São Paulo, constatava-se que havia, em meados de 1984, 15% de empregados. Esta quantia significava 1,5 milhão de pessoas desempregadas, numa população economicamente ativa de 7 milhões. Não é por acaso que os jornais, de tempos, noticiam invasões de depósitos de alimentos. Em 1932, um jornal divulga que um grupo de 15 mulheres entrou em um Posto de Saúde, de um bairro da capital de São Paulo, carregando com elas 10 caixas de leite em pó, além de aspirinas, xaropes e antibióticos. Em fins de

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