infecção congenita por citomegalovirus

Infecção congênita por Citomegalovírus
A infecção congênita pelo CMV ocorre principalmente quando a gestante entra em contato com o vírus pela primeira vez durante a gestação (primoinfecção) e raramente é resultado da reativação de um processo latente.
Como na sífilis e na toxoplasmose a maior gravidade da infecção ocorre quando a transmissão ocorre nas fases iniciais da gestação, ao passo que a maior probabilidade de contaminação ocorre no último trimestre. A taxa de transmissão mãe-feto durante a primoinfecção ocorre em aproximadamente 30% dos casos.
No Brasil mostrou-se incidência de 0,5 a 6,8%. Entre os recém-nascidos afetados, somente 10% nascem com a infecção sintomática, no entanto, destes 90% apresentam sequelas e aproximadamente 10% evoluem para óbito.
Diagnóstico na Gestação
No início da gestação (no primeiro trimestre), a mulher deverá realizar sorologia IgM e IgG para citomegalovirose. Este exame é realizado através da coleta de sangue materno.
O IgM mostra os anticorpos ativos contra a doença, ou seja, a pessoa que possui o IgM positivo possui a infecção ativa. O IgM fica positivo a partir do 7 dia de doença e permanece até 4 meses da mesma. Por isso o ideal se a mulher está pensando em engravidar é fazer o exame antes de engravidar. O IgG indica que a mulher já apresenta memória para aquela doença, ou seja, apresentou em algum momento da vida.
Assim, resumidamente:
IgM positivo e IgG negativo -> Repetir o exame para confirmação em 15 dias
IgM positivo e IgG positivo -> Mulher apresenta infecção ativa
IgM negativo e IgG positivo -> Mulher apresenta memória, pode ficar despreocupada
IgM negativo e IgG negativo -> Mulher suscetível a doença. Mulher deverá repetir o exame a cada semestre.
Modo de transmissão
A transmissão da citomegalovirose, ocorre principalmente através das secreções respiratórias (tosse, espirro, fala, saliva e secreção brônquica e da faringe). Além disso, poderá ser transmitido por via sexual, mãe-bebê e