Infanticídio
De um lado, temos antropólogos que se posicionam contra o intervencionismo na cultura indígena alegando que está assegurado a esses povos a liberdade de costumes, línguas, crenças e tradições. Além disso, os índios mais velhos das tribos são tradicionais e não abrem mão de um costume tão antigo e que os caracteriza. Do outro lado, têm-se diversas entidades, ONGs, e instituições que são a favor da erradicação dessa prática, usando o argumento 5º previsto na constituição,que trata dos direitos fundamentais, no qual a vida está acima de qualquer questão.
Apesar de ser considerada imutável, por alguns estudiosos, a cultura é passível de transformação sim, visto que o homem é, não só produto da cultura, como também produtor desta. E se o homem está em constante mudança, tentando se adaptar ao meio em que vive, consequentemente a cultura será modificada. Assim não é justificável sacrificar crianças indígenas em nome de um costume que fere os direitos naturais de qualquer ser humano, só porque é uma tradição milenar. Muitos pais que têm filhos com alguma característica que faça a tribo exigir o sacrifício deles, não aceitam mata-los e preferem o suicídio. Isso, só reforça o quanto o infanticídio indígena é desprezível, pois os próprios índios são contra tal prática. Exemplo disso é a Lei Muwaji que tem esse nome em homenagem a uma índia que preferiu abandonar seu povo para manter sua filha viva. O projeto,criado pelo deputado Henrique Afonso,visa proteger as crianças indígenas em situação de risco por terem nascidas com