Industrias
Está se tornando comum a presença constante de ansiedade e estresse no cotidiano, principalmente nas grandes metrópoles. A competitividade, a sedução pelo consumo de bens muitas vezes supérfluos e a pressão pela ascensão profissional são algumas das causas deste estado de tensão e insatisfação nos tempos modernos. A "luta pela sobrevivência" faz com que o indivíduo corra contra o tempo para não ser esmagado pela dor da derrota e pelas críticas alheias.
A sociedade atravessa uma era de mudanças rápidas, assim espera-se que cada indivíduo tenha agilidade suficiente para vencer obstáculos, ganhar dinheiro, construir uma vida estável - nada mal para um final de milênio tão conturbado. Realmente, é necessária a adaptação aos novos tempos. Mas simplesmente se adaptar não basta. É preciso, antes disto, criar um mundo melhor, gerar referências mais positivas para se viver. Senão, cada um continuamente, vai adaptar-se a padrões superficiais e sem sentido, criar uma rotina e dela tornar-se-á escravo.
Mas, de certa forma, esta corrida sem fim nem início faz com que ele próprio atropele suas reais chances de sucesso e realização. Várias carreiras são arruinadas pelos seus próprios protagonistas. A ambição cega e sem sentido e a rotina cotidiana é que desenvolve a decadência do homem. O ser humano moderno é pressionado em direção ao trabalho, mas não à formação profissional. Ele é pressionado a lutar para ganhar dinheiro, não para sentir-se realizado.
Não que viver uma rotina seja de todo prejudicial, afinal, na vida moderna, criá-la é necessário à sobrevivência e à realização de sonhos concretos. Só não deve-se confundir as coisas, relevando-a como único objetivo.