Incompatibilidade sanguínea

4008 palavras 17 páginas
1. INTRODUÇÃO

A doença hemolítica perinatal (DHPN) ou eritroblastose fetal é um distúrbio generalizado que pode afetar o concepto de forma grave.

As principais características desta condição incluem: anemia hemolítica de intensidade variável (com presença de formas jovens ou imaturas de hemácias na circulação periférica – os eritroblastos) e atividade persistente ê anômala de focos extramedulares de hematopoiese (em uma tentativa de compensar a hemólise intensa).

Possuí uma incidência de um para 2.419 nascimentos (Walker et aI., 1993); esta vem caindo a cada década devido à profilaxia com as imunoglobulinas, como demonstrado por Rezende e cols.

Seu fator etiológico é a incompatibilidade sanguínea materno-fetal, com destruição das hemácias fetais por anticorpos maternos. Em 98% dos casos, a incompatibilidade sanguínea é relacionada aos sistemas Rh (Rhesus) e ABO; nos 2% restantes, anticorpos irregulares estão implicados.

A incompatibilidade ABO, responsável pela maioria dos casos, apresenta pequena gravidade clínica e, em geral, passa despercebida. A incompatibilidade Rh representa a maior parte dos casos graves, com fetos seriamente comprometidos.

Após a introdução da profilaxia da incompatibilidade Rh com a imunoglobulina anti-Rh, os casos mais graves de DHPN tiveram sua frequência bastante reduzida.

2. FISIOPATOLOGIA

2.1 INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA MATERNO-FETAL

O feto é possuidor de antígeno eritrocitário (de herança paterna) ausente no organismo da gestante e capaz de imuniza-Ia.

Quando, por alguma razão, as células vermelhas do concepto entram em contato com o sangue materno, a mãe toma-se capaz de produzir anticorpos contra este antígeno "estranho" localizado na membrana do eritrócito do feto. Este fenômeno justifica a destruição intensa de hemácias fetais.

Este modelo encaixa-se perfeitamente na fisiologia dos grupos sanguíneos. Cada grupo possui um antígeno específico na superfície da hemácia. Se um indivíduo não

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