Incerteza na Medição
Departamento de Engenharia Mecânica
Instrumentação e Medida
2011/2012
Martim Pereira – Nº 2010130144
* Este trabalho foi redigido segundo o antigo Acordo Ortográfico
Introdução
Todos nós aprendemos a medir durante o nosso processo de socialização. Primeiro, expressamos as qualidades: o doce e o amargo; o bom e o mau; o frio e o calor; etc… Depois, tentamos quantificar tudo, recebido o conceito de número e as noções básicas da Matemática. Vamos evoluindo, medindo sempre. Tentamos, mesmo, quantificar as qualidades.
Assim, o medir é fundamental para a noção das coisas. Sem termos a exacta medida de um problema, dificilmente desenvolveremos acções eficazes para a sua solução. Quando um fenómeno qualquer é correctamente medido é sempre mais fácil tomar decisões a seu respeito. Medir é, pois, um grande facilitador da acção.
Um médico para curar, pede exames laboratoriais que o informarão exactamente de vários valores, indicadores da possível doença. Um engenheiro agrónomo faz a análise laboratorial do solo, para definir quais os correctivos que deverá aplicar para melhorar as produções agrícolas. Se soubermos exatamente quantas pessoas irão a uma festa, poderemos prepará-la e adequá-la ao número de convidados. Se não o soubermos, teremos que ficar na incerteza de que os doces sejam suficientes para todos. E o resultado será sempre “sobrar” ou “faltar”.
Todas as ciências têm como base o medir. Quando se trabalha sem dados, as hipóteses de errar são maiores, mesmo que baseadas no empirismo.
Muitas vezes, ficamos surpresos quando tomamos conhecimento de certos dados, já que, quase sempre, os dados alteram a nossa percepção, que era diferente da realidade. Sem medir ficamos à mercê de nossos preconceitos e modelos mentais. Sem medir confiamos numa presumível intuição de ou sobre coisas que são mensuráveis e quase sempre erramos.
Assim, uma das coisas que precisamos fazer é adquirir o hábito de medir. Quando