Impropriedades linguíticas

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Impropriedades Linguísticas II
Mais Importante que Falar Inglês é Falar Bem Português

Tudo vai bem no encontro de negócios até que aquele profissional superqualificado comenta com os seus clientes: "Houveram dificuldades, mas a nível de resultados a empresa é lucrativa." Pronto. Apenas uma frase, com dois erros de português, é suficiente para fazer um estrago significativo, mesmo em um currículo estrelado por PhDs ou MBAs. O fato é que poucas coisas comprometem mais a imagem de um profissional do que demonstrar desconhecimento em relação à própria língua. Falar ou escrever errado, cometendo deslizes gramaticais freqüentes, é um fator que arranha a competitividade do profissional - em entrevistas de emprego ou seleção, por exemplo, significa vários pontos a menos na avaliação do candidato. Para quem anda maltratando a língua pátria, uma dica. "O idioma é uma ferramenta de trabalho essencial. O erro de Português, além de vexatório, compromete a imagem de qualidade que qualquer profissional precisa transmitir", diz Paulo Gustavo, sócio e redator da Consultexto, empresa integrante da Rede Gestão. Para Paulo Gustavo, a língua portuguesa vem sendo vítima de um verdadeiro massacre. "Hoje não se cometem mais os erros de antigamente, uma letra trocada ou um escorregão gramatical", analisa. "São erros profundos, de lógica, de absoluta falta de intimidade com a língua pátria". O problema, segundo ele, tem raízes históricas. Começa nas mudanças que atingiram a sociedade brasileira principalmente a partir da década de 60, passa pelas falhas na educação formal e resulta no quadro atual, em que o descuido com a língua é flagrante, mesmo entre a parcela da população com maior grau de instrução. O reflexo pode ser visto também nas empresas e organizações. Até profissionais capacitados cometem uma sucessão constrangedora de erros de português. Há algo pior do que ouvir alguém falando "houveram", "menas", "perca", "possa ser" ou a famigerada

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