Immanuel Kant
Nasceu em 1724 em Konigsberg, no leste da Prússia, onde morreu dois meses antes de completar 80 anos. Sua Família tinha posses modestas. O pai fabricava selas e, tal como a mulher era pietista, membro de uma seita protestante que enfatizava a vida religiosa interior e a prática da caridade.
Destacou-se como aluno da Universidade de Konigsberg, a qual entrou aos 16 anos. Durante algum tempo trabalhou como professor particular e mais tarde, aos 31 anos, conseguiu seu primeiro emprego acadêmico como palestrante autônomo, pelo qual era remunerado de acordo com o número de alunos que compareciam à suas palestras. Era popular e dedicado, proferia cerca de vinte palestras por semana, sobre assuntos que incluíam metafísica, lógica, ética, direito, geografia e antropologia.
Em 1781, aos 57 anos, Kant publicou seu primeiro livro importante, A Crítica da Razão Pura, que desafiava a teoria empírica do conhecimento associada a David Hume e John Locke. Quatro anos mais tarde, publicou Fundamentação da Metafísica dos Costumes, cinco anos depois da publicação de Princípios da Moral e da Legislação, de Jeremy Bentham, a Fundamentação foi uma crítica arrasadora ao utilitarismo. Afirma que a moral está fundamentada na consideração das pessoas como fins em si mesmas. Fundamentação foi publicada pouco depois da Revolução Americana e antes da Revolução Francesa, em sintonia com o espírito daquelas revoluções, fornece uma base consistente para aquilo que os revolucionários denominaram os direitos do homem e nós chamamos de direitos humanos.
Direitos humanos universais é diferente de utilitarismo, em que pese as pessoas seriam tratadas como meros instrumentos da felicidade coletiva. Segundo os libertários, a vida, o trabalho, a pessoa, pertence a ela mesma, não estão à disposição da sociedade como um todo.
Na fase pré-crítica o pensamento kantiano está totalmente inserido na tradição do sistema metafísico de G.W. Leibniz e Wolff, então dominante nos meios acadêmicos