Ideologia e terror Hannah Arendt

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Em primeiro Lugar, buscando a explicação total, as ideologias têm a tendência de analisar o que vem a ser “o que nasce e passa”. Em todos os casos elas estão preocupadas com o movimento, isto é a história. As ideologias sempre se orientam na definição histórica, mesmo parecendo da premissa da natureza (no caso do racismo por exemplo), mas nesse caso a natureza serve apenas para explicar as questões históricas e reduzi-las a elementos da natureza. A pretensão de explicação total promete esclarecer todos os acontecimentos históricos – a explanação total do passado, o conhecimento total do presente e a previsão segura do futuro.
Em segundo lugar, o pensamento ideológico liberta-se de toda a experiência que não possa aprender algo novo – mesmo que seja algo que acaba de acontecer. “O pensamento ideológico emancipa-se da realidade que percebemos com os nossos cinco sentidos e insiste numa realidade ‘mais verdadeira’ que se esconde por trás de todas as coisas perceptíveis, que as domina a partir desse esconderijo e exige um sexto sentido para que possamos percebê-la”. O sexto sentido é fornecido pela ideologia, que é ensinada nas escolas afim de treinar “soldados políticos”. A propaganda também serve para alienar o pensamento da experiência e da realidade; procura colocar um evento secreto em cada evento público tangível – a inimizade torna-se conspiração, perde-se assim o real sentido das coisas.
Em terceiro lugar, “como as ideologias não têm o poder de transformar a realidade, conseguem libertar o pensamento da experiência por meio de certos métodos de demonstração. Busca-se um pensamento ideológico, e condiciona os fatos segundo a lógica, que inicia-se a partir de uma premissa aceita axiomaticamente. O pensamento – lógico ou dialético – se transforma e mero reprodutor dos movimentos “cientificamente” comprovados. A argumentação ideológica corresponde a um elemento do movimento e o elemento da emancipação da realidade e da experiência. Primero porque não emana da

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