O sinal amarelo do Ideb Carolina Mainardes Logo após a divulgação dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, em agosto deste ano, “acendeu-se um sinal amarelo, de preocupação”, admite César Callegari, secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC). Embora a meta prevista para o Ideb 2011 tenha sido atingida, o alerta surgiu porque o ensino médio está estagnado no Brasil. A análise é possível quando se considera os outros níveis de ensino avaliados pelo indicador – os anos iniciais e os anos finais do ensino fundamental. Enquanto nos anos iniciais do ensino fundamental a pontuação foi de 5,0 – 0,4 pontos a mais do que a meta de 4,6 –, e, nos anos finais, ficou em 4,1, ultrapassando a meta de 3,9 em 0,2 pontos, o ensino médio foi a única etapa a não superar a meta estabelecida pelo governo: ficou nos estimados 3,7 pontos. “Fizemos uma reunião com os secretários estaduais da Educação e organizamos um conjunto de procedimentos para o estudo de medidas que possam melhorar o currículo e as condições de desenvolvimento do ensino médio em todo o Brasil”, comenta Callegari. Uma equipe de professores acadêmicos em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara (SP), se reuniu para responder à Profissão Mestre como uma possível reformulação do ensino médio deveria ser realizada para mudar essa realidade. Para o professor Doutor Claudio Benedito Gomide Souza (livre-docente da Unesp), Silvio Henrique Fiscarelli(pós-Doutor) e Alexandre Marucci Bastos (doutorando em Gestão e Política Educacional), uma eventual reformulação do ensino médio precisaria levar em conta as contribuições das pesquisas na área da Educação. “Embora muitos ainda não acreditem, existem bons trabalhos e pesquisas que poderiam subsidiar as ações governamentais”, ressaltam os professores. Outro aspecto apontado por eles é a necessidade de uma ampla consulta aos profissionais da Educação, “afinal