Há limites para a tolerância?

HÁ LIMITES PARA A TOLERÂNCIA?

by NELSON COSTA DA SILVA

Recentemente, pode-se testemunhar pela mídia nacional um movimento de protesto, promovido pela juventude brasileira, com vistas a exigir várias mudanças nas questões sociais, políticas e econômicas vigentes. No mundo todo, frequentemente há movimentos de protestos movidos por alguma razão que a população envolvida não aprova. Em protestos recentes, além desse que acontece no Brasil, há o golpe militar no Egito (2013) e houve a chamada “Primavera Árabe” (2010), ocorrida nos países árabes (Tunísia, Argélia, Jordânia, Iêmen, Arábia Saudita, Síria e Iraque, entre outros) contra as políticas e os governos ditatoriais. No top 10 das manifestações populares no mundo, em ordem decrescente, registram-se: “Movimento dos Direitos Civís dos Negros”, nos EUA (1963), a luta pelo fim do “Apartheid” na África do Sul (1960), o movimento “Diretas Já” no Brasil (1984), o “Panelaço” na Argentina (2001), a revolução “Amarelo-Laranja” em Mianmar, antiga Birmânia (2007), os protestos contra o presidente eleito Ahmadinejad no Irã (2009), os protestos contra o presidente Mikhail Saakashvili na Geórgia (2007), o movimento “Camisas Vermelhas” na Tailândia (2010), o movimento contra o presidente Bem Ali na Tunísia (2011) e os protestos contra Hosni Mubarak no Egito (2011). O que chama a atenção em movimentos dessa natureza é a violência com que ambos os lados se postam, tanto em relação aos protestos quanto em relação à repressão a eles. Não é pretendido avaliar aqui qualquer forma de legalidade ou ilegalidade e se é legitimo ou não legítimo por parte de quem protesta ou de quem reprime. O que se pretende é buscar um significado comum a todos eles, ou seja, o que possa ser elemento que fundamente movimentos tão análogos na sua extensão de ocorrência. O que se pode inferir das propostas inseridas nesses protestos mencionados é que são reprovadas as seguintes questões, isoladas ou cumulativamente:
a) Política social; b) Política