husserl

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Husserl assume a sua fenomenologia como posição crítica face à metafísica tradicional. Mas, se a fenomenologia foi crítica da metafísica, não foi para superar os esquemas do seu pensar, antes, para os conduzir à sua verdadeira realização. Ora, o mesmo não acontece no pensamento heideggeriano que expressamente aposta na ultrapassagem da metafísica. E assim que uma perspectiva crítica sobre a fenomenologia conduz, pelo menos do ponto de vista de Heidegger, à questão da superação do pensar metafísico.

Hurssel formula sua fenomenologia tentando superar a metafísica. A filosofia de Hurssel sustenta que a fenomenologia deve ser tomada como ciência primeira, elegendo como princípio do conhecimento dos objetos a ausência de pressupostos da metafísica. “Tratava-se da tarefa de um recomeço radical, de partir de um estado absolutamente desprovido de todo o preconceito para a compreensão das coisas mesmas”(p. 7). Assim, sua intenção é de obter as coisas na sua pureza e originalidade. Deste modo, a fenomenologia de Husserl assume “uma feição vincadamente anti-especulativa e anti-metafísica” (p.7).
Considera-se ainda, segundo autores críticos à filosofia de Husserl, que o filósofo estaria equivocado ao se pronunciar contra todas as construções metafísicas, sem perceber e sem que tenha descoberto os pressupostos que poderiam existir.
Entretanto, Heidegger, de certa forma, aposta na ultrapassagem da metafísica. A fenomenologia para Heidegger, conduz à superação do pensar metafísico. O filósofo procurou mostrar “que a fenomenologia, querendo assumir-se como estando fora do pensar metafísico, enraízava, afinal, na metafísica do Sujeito dos tempos modernos” (p.8). Heidegger propõe uma crítica que vai mais longe, referente a questão do imperativo fenomenológico de Husserl: “às coisas mesmas”. Contudo, Heidegger afirma: “A elaboração da consciência pura como campo temático da fenomenologia não é adquirido graças ao retorno à coisa mesma mas antes apoiando-se sobre a ideia

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