Homus religiosus

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Num primeiro olhar, religião pode ser definida, para a autocompreensão do homo religiosus, como a relação do ser humano para com um poder superior, experimentado como sagrado ou divino, do qual ele depende de algum modo juntamente com o seu mundo. A atitude religiosa supõe que o sagrado se manifesta como algo fundamental na experiência humana. A religião vem a ser então, propriamente, a resposta existencial e espontânea do ser humano a esta manifestação. Enquanto reconhecimento da própria dependência para com o sagrado, tal resposta, condicionada culturalmente, se expressa na profissão de fé dos mitos e nas práticas cultuais dos ritos, que na sua variedade histórica explicam as diferenças das tradições religiosas. Trata-se aqui de uma definição substancial de religião. O fenômeno religioso pode ser considerado também de um ponto de vista funcional, ou seja, segundo a função que exerce na vida individual e social. Nessa perspectiva, a religião é vista como um sistema de convicções e práticas por meio das quais um grupo humano se confronta com os problemas globais da existência. Ela oferece fundamentalmente um sentido para a vida, uma perspectiva de realização plena (felicidade) e uma orientação apropriada para alcançar tal fim.

Contudo, as definições funcionais de religião, embora expressem uma dimensão constitutiva do fenômeno religioso, por si sós não atingem o seu elemento essencial, a relação do ser humano com o sagrado/divino, sem o qual se tornam incoerentes, já que é a consciência de tal relação com um poder superior que fundamenta a função da religião como superação do acaso.

Em busca dessas definições, o homo sapiens se torna homo religiosus e parte em busca de explicações para aquilo que desconhece. Estudiosos também expressam suas conclusões sobre o comportamento do homo religiosus.

Para Mircea Eliade, o homo religiosus é um ser que busca decifrar as mensagens divinas ou hierofanias (algo de sagrado que se

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