História - Os Tudor

1595 palavras 7 páginas
Depois deveria reescrevê-lo ainda uma vez para que não se pense que os clássicos devem ser lidos porque "servem" para qualquer coisa. A única razão que se pode apresentar é que ler os clássicos é melhor do que não ler os clássicos.
E se alguém objetar que não vale a pena tanto esforço, citarei Cioran (não um clássico, pelo menos por enquanto, mas um pensador contemporâneo que só agora começa a ser traduzido na Itália): "Enquanto era preparada a cicuta, Sócrates estava aprendendo uma ária com a flauta. 'Para que lhe servirá? ', perguntaram-lhe. 'Para aprender esta ária antes de morrer'".

ITALO CALVINO, POR QUE LER OS CLÁSSICOS.

O trecho acima foi retirado do último parágrafo da introdução do referido livro de Calvino.

Às vezes acho estranho o fato de que alguns autores como Umberto Eco e o dito Calvino, apenas por coincidência dois italianos, estão tão entranhados no meu dia-a-dia que já não sei quando e onde falei sobre eles, tampouco com quem e, o que é muito pior, não sei se estou me repetindo apenas em pensamento ou em público. Assim peço escusa antecipadamente caso já tenha mencionado e reproduzido o texto acima. É por uma boa causa, garanto.

O destaque em negrito é meu e pretende chamar vossas atenções para a riqueza do gesto de aprender. Aprendo por que quero, por admirar o belo, por acreditar que a vida adquire mais sentido quando me comporto dessa forma. Parece que é isso que Calvino pelas palavras de Sócrates mediadas por Cioran* quer dizer. Nos tempos de supervalorização da técnica, do utilitarismo e do pragmatismo em que vivemos chega a soar como heresia. Não faz mal. Quem leu Ortodoxia, de Chesterton, sabe que a heresia pelo menos em seu princípio, é o grito desesperado da ortodoxia pedindo para ser salva de seus corruptores.

Toda essa volta pobre de estilo para dizer que, a troco de nada, só para farrear, topo na página do Times Literary Supplement com um artigo de Cllifford Davies, professor emérito do Wadham College, de Oxford, em

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