Historico da piscologia no brasil
Segundo o vocábulo, Bioética, de origem grega (Bios = Vida e Ethos = ética), significaria algo assim como uma ética da vida, a responsabilidade pelo planeta Terra e por tudo o que contém.
Segundo a intuição do ‘pai’ da Bioética, Van Rensselaer Potter, bioquímico norte-americano da Universidade de Madison no Estado de Wisconsin, estudioso do câncer, durante sessenta anos, morto aos 90 anos em 2001, a Bioética seria a ponte epistemológica entre duas culturas: a cultura científica, representada pela biologia, e a cultura humanista, manifestada na ética. Deste diálogo sairia (saiu?) o conhecimento prudente para manejar o conhecimento científico e a sabedoria para cuidar da vida (qualquer tipo de vida, conhecida com o neologismo ‘biota’) e do planeta Terra, que a engendrou, alimenta-a e a acolhe em seu regaço.
A Bioética trabalha com um paradigma novo, fruto da teoria da evolução, o conceito de unidade dual evolutiva de todo ser vivente da criação. Para a Bioética, a vida é um continuum unitário, complexo, evolutivo que se tornou consciência e liberdade no homem, e que está aberto a um futuro transcendente, concebido por Teilhard como O Ponto Ômega. Somos uma unidade, fruto da evolução, não duas substâncias complementares, separáveis, como queriam Platão na antigüidade ou Descartes pai da Modernidade, que não conheceram a teoria evolutiva. Somos uma unidade, dual, centrada na consciência e extrovertida numa materialidade; somos uma consciência interior com sua exterioridade material, matéria e espírito, duas dimensões, duas fases ou rostos de um mesmo ser, que se comunica com o resto de neurônios e seres conscientes e inconscientes por meio de milhões de sinapses, que possibilitam o intercâmbio de conhecimentos e recordações.
A Bioética surgiu em ambientes científicos e profanos, como uma nova ética, uma nova responsabilidade, reagindo em defesa da humanidade e da terra; surgiu como um protesto da Terra abusada e do Homem ferido pelas pesquisas desumanas