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A História oficial

O filme relata a história de uma professora muito rígida, que estava totalmente alienada, não enxergava o que acontecia ao seu redor. Seu nome é Alícia, era casada com um dos dirigentes do regime militar, tinha uma filha adotiva, cujo nome era Gaby.
Enquanto a maioria dos trabalhadores e estudantes passavam fome eram perseguidos torturados e desaparecidos, Alícia e sua família viviam no luxo e no conforto, convivendo tanto com pessoas tanto da esquerda quanto da direita, não tomava conhecimento da cruel realidade que a cercava.
A professora de história ensinava aos seus alunos somente a história oficial, estudava as Instituições políticas e sociais desde 1810 e ressaltava que através da história, se entendia o mundo, pois ela que era a memória do povo. Deixava claro, que o que estava escrito em livros e documentos oficiais, era o correto, a verdadeira história do país, pois foi escrita com base no que os governantes queriam que fosse ensinado, sem nem mesmo dar chance a seus alunos, de terem uma opinião crítica e livre sobre o assunto. Porém, seus alunos também tinham aula de literatura com um professor revoltado e totalmente contra o regime, que lhes permitia ver a realidade, e ter suas próprias conclusões e muitas vezes, expor a verdadeira história.
Certo dia, Alicia reencontra uma amiga do colegial, que não encontrava há anos, a qual lhe relata uma história terrível por qual passou, quando foi parar no exílio. Passou por momentos assustadores, foi retirada a forças de seu apartamento, quando na verdade procuravam por seu marido, recebeu choques, teve a cabeça mergulhada na água como forma de tortura, perdeu 12kg, ficando nesta situação por trinta e seis dias. Salientou também, sobre o que acontecia com as pessoas, o sofrimento das mães que tinham seus bebês roubados, ou quando se davam por “desaparecidos”.
Alicia ficou intrigada com o relato da amiga, e isso, fez com que ela refletisse e olhasse tudo a sua volta com mais atenção.