Histeria nos dias atuais

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HISTERIA NOS DIAS ATUAIS

O termo histeria, assim como seus sintomas exacerbados, saiu de cena a partir de 1914. Quando sintomas semelhantes surgiam eram então classificados de outra forma como, por exemplo, de psicose. A histeria foi retomada através das neuroses de guerra, no período das grandes guerras mundiais, que deram novamente abertura para a histeria de conversão. Trillat (1991 apud VEIGA, 2013) atribui o desuso do termo histeria por Freud ter designado sua etiologia à sexualidade infantil.
O conceito de histeria deixou de ser usado o quê, no entanto, não implica em dizer que tenha deixado de existir. Alonso e Fuks (2012 apud VEIGA, 2013) apontam que o termo neurose como um todo desapareceu, tanto do meio popular, quanto dos manuais classificatórios de patologias mentais. O espaço anteriormente ocupado pela neurose foi substituído por categorias do tipo “anorexias e bulimias, síndrome do pânico, fibromialgias e etc” (p.295). Com isso, a histeria em si aparece dissolvida em diversas formas de transtornos como os: somatoformes, sexuais, de personalidade histriônica e dissociativos.
A nova maneira de lidar com as patologias proporciona uma dessubjetivação de quem adoece. A medicalização e a diversa lista de categorização médica entram no lugar da escuta e objetivam o sintoma. A ideia não é desconsiderar o avanço científico da medicina, mas também de não deixar de considerar o tratamento como algo em que o sujeito está implicado em sua complexidade psíquica. O “positivismo que dessubjetiviza, dessexualiza e que impede que a histeria seja escutada” (Alonso e Fuks, 2012, p.297 apud VEIGA, 2013) não tira o caráter epidêmico de suas novas versões difundidas pela mídia.
Segundo Veiga (2013) a cultura do momento atual é de massa e assim se espera que o sofrimento ou adoecimento também o sejam. A manifestação e expressividade de uma doença também fazem parte do contexto histórico-cultural de uma época. O sujeito é um ser social que já nasce inserido na

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