guerras da china

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a maneira como os chineses enxergam o mundo é bem diferente da nossa. O que para nós representa uma contradição lógica, para a China se trata tão somente de uma condição da realidade. Guerra e Paz coexistem, como uma circunstância inerente a natureza. É o sistema de oposição complementar – yin e yang – que rege toda compreensão científica do cosmo. (Obviamente prefere-se a Paz, a Conservação, mas os momentos de conflito e de desagregação da sociedade (tal como na natureza) são inevitáveis para uma renovação das antigas estruturas. Repetem-se, pois, em ciclos infindáveis - mas que podem ser atenuados, dirimidos ou mesmo evitados através do uso da sabedoria.
A predominância da ordem militar manifesta-se por uma regra significativa. O recenseamento que determina, detalhadamente, as posições e os tributos das terras e dos homens é uma necessidade militar.
Do mesmo modo, a formação do exército compreende um ritual em que a Guerra e o Conflito ensejam uma atmosfera temível de morte:O exército compõe-se, por um lado, de pessoas a quem se perdoa uma pena com a condição de que se dediquem às obras mortíferas, e, por outro lado, de vassalos que são guerreiros natos e ligados ao chefe por uma fidelidade total. Quando se reúne o exército, abrem-se os arsenais e distribuem-se as armas. Estas, em teoria, pertencem ao senhor que as conserva, cuidadosamente guardadas, não por uma simples precaução: as armas exalam uma virtude nociva. Ninguém se mune sem se preparar antes, para este contato perigoso; com um período de abstinência. O jejum realiza-se no Templo ancestral e provoca tal emoção que se acredita entrar em comunicação com os antepassados. Os pressentimentos da vigília das armas parecem comprometer a sorte da campanha. Aquele que sente então seu coração agitado sabe estar destinado à morte.
O combate é uma mistura confusa de bravatas, de generosidades, de homenagens, de insultos, de devotamentos, de imprecações, de bênçãos, de malefícios. Bem menos do que um choque de

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