Graduado

THORNTON, J. K. Os africanos e os afro-americanos no mundo atlântico: vida e trabalho. In: A África e os Africanos na formação do mundo atlântico 1400-1800. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

John K Thornton é um historiador americano, especializado no estudo em história da África. Atualmente é professor da Universidade de Boston, nos EUA, autor de O Reino do Kongo: Civil War e de Transição, 1641-1718 (1983); África e os africanos na formação do mundo atlântico, 1400-1680 (1992) que é referente a um capítulo deste livro, que se condiz a presente resenha.
Mesmo com a saída das suas regiões natais via trafico negreiro, os escravos direcionados ao “novo mundo atlântico” depararam-se com a necessidade de implantar umaarquitetura com intuito de construir possibilidades, buscando a manutenção de uma relação social nas novas terras. Uma das várias possibilidades estava nas relações estabelecidas nos vilarejos, que mesmo sendo ameaçada pela “fumaça” dos níveis de mortalidade, geralmente altos, ainda assim permaneciam autossustentadas.
Desenhada com os adornos do novo mundo, essas comunidades formadas podem ser entendidas como pontos e eclusas de manutenção de uma identidade, ameaçada pelo trafico.As condições destes,geralmente, insalubres com altos níveis de mortalidade. O desconforto gerado pode ser visto através das posturas tomadas pelos comerciantes.Responsáveis pelo trato negreiro, onde tinham os seus interesses pautados em alojar o maior número possível de cativos em seus navios, com intuito óbvio de obter maiores lucros. Porém, o maior perigo que assombrava essas viagens era a redução de suprimentos alimentícios. As embarcações ainda ofereciam alguns outros perigos iminentes que questionavam a boa chegada do negro até as regiões distantes ao atlântico. Ameaças epidemiológicas eram constantes e muitas vezes preocupantes, mesmo com a adequação de leis que postulavam a chegada do cativo a Colônia.
Todo esse ornamento infectuoso não ficava submetido apenas aos